O candidato presidencial Cavaco Silva disse este sábado ter "orgulho" de ser um "obreiro" da concertação social, lamentando que esta plataforma não esteja a discutir a criação de "políticas ativas de emprego com execução imediata".
"Eu orgulho-me de ser um obreiro da concertação social, nenhum outro governante concretizou mais acordos entre associações patronais e sindicais do que eu", afirmou Cavaco Silva, durante um encontro com sindicalistas, na sede nacional da sua campanha para as eleições de 23 de Janeiro.
Citando entrevistas que os presidentes das duas centrais sindicais portuguesas, a UGT e a Intersindical, deram à Lusa, o candidato apoiado pelo PSD, CDS-PP e MEP lembrou que nessas entrevistas ambos reconheciam que o acordo económico e social dos anos 90 era "memorável" e tinha "contribuído significativamente para a redução do desemprego e para o aumento do poder de compra dos trabalhadores".
Sublinhando que sempre acreditou nas "virtualidades da concertação social", Cavaco Silva manifestou, contudo, a sua "surpresa" por não estarem a ser aí discutidas "medidas ativas de emprego ativo". "Porque não se atribui neste momento na concertação social a máxima prioridade à discussão de políticas ativas de emprego com execução imediata? Não acredito que não exista imaginação suficiente para conceber algumas políticas ativas de emprego que possam melhorar o sofrimento de tantos trabalhadores", declarou, já depois de insistir que a primeira prioridade do País "não pode deixar de ser o combate ao desemprego.