A cabeça de lista do PSD por Leiria, Teresa Morais, eleita deputada, criticou Basílio Horta, cabeça de lista pelo PS no distrito, também eleito deputado, pelos resultados nas legislativas. “Não adiantou rigorosamente nada ao PS ter ido buscar alguém que foi fundador do CDS e que tinha uma proximidade grande ao mundo das empresas, entendendo isso como um trunfo”, afirmou Teresa Morais.
Teresa Morais, realçou que o partido venceu em 14 dos 16 concelhos do distrito e subiu 12 por cento nos votos, assinalando que “se aproxima das grandes vitórias do professor Cavaco Silva no distrito”.
“São resultados expressivos que confirmam uma vitória clara do PSD e do Dr. Pedro Passos Coelho no distrito de Leiria, com uma das maiores subidas a nível nacional e em termos de mandatos representa a eleição de seis deputados, mais dois que a anterior Legislatura”, comentou Paulo Batista Santos, eleito deputado pelo distrito em nº 5 e elemento da direcção distrital de campanha.
“Tal objectivo só foi possível com o empenho de muitos militantes e simpatizantes do PSD no distrito de Leiria, bem como através do apoio muito relevante dos autarcas e dirigentes. Também uma palavra muito especial para a JSD Regional de Leiria que trouxe a esta campanha a juventude e a determinação de quem reclama um futuro melhor para Portugal”, apontou.
A direcção distrital de campanha do PSD expressou o seu “reconhecimento pelo prestígio e competência conferidas à lista de Leiria pela nossa cabeça de lista, dra. Teresa Morais, que foi um exemplo de trabalho e dedicação em todas as acções de campanha e, estamos certos, contribuiu pela sua acção para o excelente resultado eleitoral do PSD no distrito”.
“A vitória no País e no Distrito foi muito significativa e revela bem a confiança que os portugueses reconhecem ao dr. Pedro Passos Coelho para liderar o próximo Governo de Portugal, na base de um programa de mudança e de esperança para construirmos um país melhor”, concluiu Paulo Batista.
O presidente da Comissão Política Distrital do PSD de Leiria, Fernando Costa, classificou o resultado eleitoral do partido no distrito e no País como sendo “extraordinário” e “estrondoso”, atribuindo a vitória “ao discurso de verdade” de Pedro Passos Coelho.
Enquanto esperava os resultados, no Hotel Sana, em Lisboa, onde se concentraram os principais militantes do partido, o autarca das Caldas da Rainha declarou na televisão que acreditava que o PSD ia ter “maioria absoluta”.
Fernando Costa disse que o partido teve no distrito “o quarto melhor resultado do País” e “a segunda melhor subida”, frisando que “aumentámos o número de deputados em 50 por cento”.
O presidente da distrital do PSD comentou também ter ficado “surpreendido” com o “mau resultado” do CDS-PP no distrito, onde “disse que ia conseguir dois deputados”, e apenas reelegeu Assunção Cristas, falhando a eleição do caldense Manuel Isaac.
Até ao fecho desta edição nenhum partido fez os habituais comunicados a comentar os resultados.
Basílio Horta, cabeça de lista do PS pelo círculo de Leiria, considerou que o resultado alcançado pelo partido no distrito foi “excelente em função dos resultados nacionais”, desvalorizando a perda de um deputado para o PSD.
“Não fiquei nada desiludido. Honestamente, não esperava mais, mas tudo fizemos para eleger o quarto deputado que em 2009 obtivemos pela margem mínima”, disse à agência Lusa Basílio Horta.
João Paulo Pedrosa, presidente da Federação Distrital do PS, na rede social Facebook, manifestava que “o país virou à direita. Em Portugal, tal como na Europa, a crise reforça os partidos da direita. É a sua escolha. Felicito os vencedores mas, como iremos ver daqui a uns meses, as políticas da direita não são solução para os problemas do país e dos cidadãos”. Sustentou também que “Sócrates acabou como começou, sempre com grandeza”.
Assunção Cristas, cabeça de lista do CDS/PP no distrito de Leiria, referiu que “ficámos a 2516 votos de eleger o segundo deputado, mas subimos em zonas difíceis para o CDS como a Marinha Grande, o que nos deixa animados para o futuro. E a nível nacional, o CDS cresceu, quando o suposto “empate técnico” e o apelo ao voto útil foram sérios obstáculos. Muita gente votou em nós pela primeira vez e voltámos a crescer nos mais jovens”.
“O ciclo Sócrates acabou e o país não quis maioria absoluta de um partido. No CDS vamos trabalhar com o mesmo empenho, rigor e seriedade, animados pela confiança dos portugueses. Este foi o momento de virar a página”, declarou.
Em declarações à Mais Oeste Rádio, Manuel Isaac assumiu que “para mim foi uma derrota no distrito de Leiria”, comentando também as declarações de Fernando Costa, que tinha dito que “o CDS/PP das Caldas devia ter uma noção da sua expressão real e não se devia meter em bicos de pés para não parecer o que não é”.
“A hipócritas não dou resposta”, retorquiu Manuel Isaac.
No Facebook de Heitor de Sousa, do BE, militantes lamentavam a sua não reeleição. O número um da lista do BE por Leiria disse que o partido “foi penalizado pelos eleitores que decidiram expressar o voto útil para correr” com o PS do Governo.
“Os nossos resultados são um sinal de que nós temos que, por ventura, corrigir algumas coisas que não fizemos bem no passado, sobretudo na forma como tentámos divulgar as nossas propostas e mensagens”, admitiu o candidato.
Da parte da CDU não foram tornadas públicas quaisquer reacções.
in Jornal das Caldas