No distrito de Leiria há cerca de vinte mil desempregados e em cada dia que passa três pessoas perdem o emprego em Leiria.
Esta foi uma das principais ideias deixadas por Teresa Morais, durante um debate sobre a economia, a primeira iniciativa da nova distrital dos Trabalhadores Sociais Democratas (TSD), no passado dia 31, no Hotel Eurosol, em Leiria.
A então candidata a deputada do PSD por Leiria, Teresa Morais, considerou que o mercado de trabalho em Portugal apresenta-se muito rígido, sustentando que “há empresários que não conseguem contratar trabalhadores. Há outros que não conseguem vender e ao despedir e dispensar trabalhadores sabem das questões sociais que vão criar por terem famílias inteiras a trabalhar”.
A cabeça de lista disse também que “Leiria tem pessoas empreendedoras, mas não consegue fugir à realidade do país”.
Pedro Faria, presidente da Nerlei, associação empresarial da região de Leiria, mas que se apresentou nesta sessão como empresário, afirmou que “não podemos apostar nos baixos salários, porque há milhões de trabalhadores com vencimentos baixos e trabalham horrores de horas. Temos de enveredar pelo conhecimento, pela excelência dos produtos que fabricamos. Isso consegue-se com uma cultura de valores e educação”.
Fernando Costa, presidente da distrital do PSD, deixou uma pergunta e uma preocupação, uma vez que o país não consegue produzir para o seu consumo.
“Como é que se vai dar volta, para produzir mais. Também é importante importar menos. Importamos 70% daquilo que comemos. Só temos vinho a mais. Vem mais fruta para cá do que aquela que enviamos. É preciso muita engenharia para equilibrar as contas. Só se deve pedir dinheiro quando se pretende produzir e amortizar. Não se deve gastar mais do que o que se tem. Só se deve investir se for rentável. Neste aspecto até estou ao lado do PCP e Bloco, porque o país precisa de muito rigor”, manifestou.
Nesta sessão dirigida por António Salvador, recém-empossado como presidente do secretariado distrital do TSD, esteve presente o presidente dos TSD, Pedro Roque, que pretende que o futuro Governo apoie as pequenas e médias empresas.
Pedro Roque considerou que o mais importante “é equilibrar as contas públicas e apoiar as pequenas e médias empresas”. O presidente dos TSD deixou também o desafio para as centrais sindicais se entendam com o futuro Governo, no que diz respeito às concertações sociais.
Por último apelou para que os portugueses comprem produtos nacionais, “porque todos devemos de apoiar o que é nosso. Queremos fazer uma campanha nacional apelando ao consumismo nacional. É assim que vamos sair da crise. O próximo Governo terá de varrer o lixo. Só assim se cria mais emprego”.
António Salvador, como moderador, deixou como nota que quem tem emprego “é um bom cidadão e colabora no crescimento do país”.
in Jornal das Caldas