Os Portugueses têm sido diariamente ameaçados, por parte do actual governo, com mensagens apocalípticas que prevêem o fim de Portugal.
O MF, Teixeira dos Santos, o MAP, Jorge Lacão, o PM José Sócrates entre outros vários membros do governo e do PS, não olham a esforços para lançar sobre a opinião pública um clima de terror e constante ameaça quanto ao futuro.
O lema, sempre bem articulado em uníssono entre os responsáveis do PS, é: ou este governo e esta política, ou o caos. Este discurso de fim de “império romano”, de que os “Bárbaros e os Hunos” externos se preparam para incendiar Roma se o “César” Sócrates não continuar a ser a ultima defesa do Portugal livre, tem de terminar, a bem da saúde mental dos Portugueses!
O discurso da crise política e da irresponsabilidade é uma mistificação estribada no perfil e na personalidade autocrática despótica do actual PM. Lembramos, para tristemente registar à recente história de Portugal, “que nunca antes tantos ficaram a dever tanto a tão poucos…
Este governo, lamentavelmente, não olha por Portugal nem é o paladino da defesa da Liberdade e da Independência de Portugal. Este governo olha apenas pela sua sobrevivência e, sobretudo, pela sobrevivência dos muitos BOYS do PS que palmilham as estruturas do estado, das empresas do sector empresarial do estado e de algumas empresas privadas mas com os “vínculos” de compromisso e “vantagem mútua”.
Vamos então à real crise da “moeda”. É urgente afastar a má moeda que tem afastado a boa moeda, que ora sai de Portugal para a diáspora, ora se esconde porque não tem “padrinhos” e por isso tem medo de a qualquer momento ser corrida do seu posto de “sobrevivência laboral”, ou ora luta, mas quase sempre é vencida pela má moeda da “boyadeira” cunhada com a esfinge do actual Partido do governo. É preciso pois escolher os melhores!
Mas o Poder, na minha opinião, implica o princípio da Coerência.
É preciso, desde já, evitar que outras más moedas, que vêem ao longo dos anos a cunhar-se a si próprias, que nunca deram nada de si mesmos às estruturas onde estão inseridos, mas sempre aparecem nestes momentos exigindo os seus “direitos” e “expectativas”, dividindo para reinar, sibilando serpentinamente intrigas e divisões e apresentando “projectos inovadores”, que só saem da cartola agora porque, certamente, é o momento “certo”; verdadeiros oportunistas dos momentos e ciclos eleitorais, cuja disponibilidade e activismo, como disse, só se vêem quando cheira a “tacho” e cujo empenho é muitas vezes apenas “virtual”, é preciso, dizia, que não lhes seja permitido apropriarem-se dos momentos onde a confiança de um povo e de uma ideia de Social-Democracia será sufragada. É isto que destrói a Democracia. É isto que tem destruído Portugal.
O Trabalho, esse valor das sociedades moralmente e mentalmente desenvolvidas, com este governo, nunca foi valorizado!
Todos sabem isso, e só não vê quem não quer, ou, se me permitem, quem está comprometido.
Já sabemos como chegámos aqui. Foi a gastar e a governar mal os nossos recursos. Foi sendo pouco exigente com os nossos governantes e connosco enquanto cidadãos activos, o que permitiu que muitos os Boys e Girls chegassem onde chegaram; Foi desvalorizando o Trabalho e o mundo laborar e valorizado o oportunismo e os “Chico Espertismos”. Chegou o momento, na minha opinião, de rapidamente sabermos o real ponto da situação e assim, no âmbito do funcionamento da Democracia, clarificarmos os poderes legislativos e executivos.
Por isso pergunto: Num momento em que a credibilidade e força moral deste elenco governativo estão esgotadas, desde quando Portugal ser chamado a decidir o seu caminho, clarificando-se, pode ser considerado uma crise ou uma catástrofe? Será que já não podemos julgar quem aqui nos trouxe e como nos trouxe?
Será que ao fim de todos estes anos de governação PS, o país, além de mais pobre e mais endividado, ficou também pendurado na efectiva suspensão da Democracia?
Parece que nos querem fazer crer que os Portugueses já não podem, por razões de responsabilidade e interesse nacional, exercer a sua cidadania e os seus direitos cívicos. As eleições passaram a ser um “papão” e votar tornou-se um sacrilégio? Porquê?
O PM e o MF hipotecaram o futuro de milhões de Portugueses e todos temos de assinar de cruz os PECs, senão é o caos? Considero que este discurso é um perigoso processo que se pode auto-alimentar até ao fim da Democracia…
A Europa, os Mercados e os Portugueses estarão certamente sensíveis a uma mudança em direcção a Valores como a Verdade e a Credibilidade. Como sabemos, grande parte desta nossa crise é uma crise de valores. Acredito que quem é Credível (e nos financia) PODE e QUER esperar pela Credibilidade. Qualquer credor prefere emprestar a um ente credível do que com um ente moralmente esguio.
Finalmente, é preciso que todas as estruturas estejam unidas, prontas para o momento que se avizinha das clarificações em Portugal.
Avizinha-se, atrevo-me, o momento do sonho de uma Social-Democracia verdadeira e pujante.
É urgente que as estruturas do nosso partido sejam irrigadas com sangue novo, aliadas à experiência das mentes maduras e sábias mas descomprometidas das mesmas intenções e oportunismos que fizeram Portugal chegar ao charco.
É necessário, oportunamente e PROACTIVAMENTE, denunciar as fraudes de intenção e de disponibilidade, os oportunismos e a manobras pessoais e parasitárias de “adesivagem”de modo a que os Portugueses possam confiar nas estruturas do nosso Partido que certamente governará Portugal em breve.
É necessário dizer aqueles que nunca fizeram nada a não ser aparecer nos ciclos pré-eleitorais e eleitorais, para sua conta e proveito, tendo apenas a intenção - e em mente - subir à carruagem em andamento e de trazer agendas pessoais e oportunismos, que o comboio dos Boys e Girls é outro…e que já passou!
Defender o Trabalho é falar a Verdade Proactivamente.
Leiria, 22 de Março de 2011
José Rui Pires
Vice-Presidente Distrital TSD Leiria.